quarta-feira, 7 de novembro de 2012

DESVIO DE DINHEIRO DAS MERENDAS DAS CRIANÇAS, EM NATAL

07 de novembro de 2012 às 17:32

Enquanto dinheiro da merenda era desviado, crianças ficavam sem alimento e água

Publicado em Operação Assepsia

Autorizada a quebra do segredo de justiça pelo desembargador Amaury Moura, veio à tona que, além dos recursos destinados à saúde dos magos doentes, desvios aconteciam também na compra de merenda e fardamento escolar, sob o comando da prefeita afastada Micarla de Sousa e do seu então maridoMiguel Weber, operacionalizados pelo então secretário Antônio Luna.

Enquanto o dinheiro seguia para o caminho do conforto e do luxo dos responsáveis, alunos eram liberados mais cedo das escolas por falta de merenda escolar. Nem água potável para beber era disponibilizada.

Em post no dia 9 de maio de 2011, este blog retomou a informação sobre a falta do alimento, após a greve iniciada no início do ano letivo,  que obrigava alunos de escolas da capital dos magos-analfabetos a serem dispensados mais cedo das aulas, como mostra a foto.

No dia, uma mãe desabafou que estava deixando o filho em casa, pois não adiantava chegar na escola às 13h e sair às 15h30, e bradou: “Como aprender desse jeito? Deixar falta merenda é uma vergonha”.

Foto do post no blog: Em prédio alugado, horário de aula reduzido por falta de merenda – Foto: Heldon Simões

Era o gancho para repercutir a reportagem especial do Fantástico, na Globo, intitulada ‘Investigação Merenda Escolar’.

Cenas chocantes, foram mais de dez minutos mostrando o escândalo da merenda escolar, principalmente em cidades do Nordeste, em que Natal abriu o lamentável cenário. Coincidência, uma aluninha entrevistada tinha o nome de Micarla, em homenagem à prefeita, que tem esse nome único, criado pelos seus pais, numa união de Miriam e Carlos Aberto de Sousa.

A reportagem de Maurício Ferraz começa assim:

Quinta-feira, 7 de abril. Natal registra 31ºC e uma escola não tem água. as crianças têm que levar de casa. E esse não é o único problema. Às 15h, os alunos foram embora mais cedo porque não havia merenda.

“Está sem lanche”, contou Micarla dos Santos, de 11 anos.

Foram apenas duas horas de aula – uma situação que se repete em outras escolas municipais de Natal.

“Nos sentimos obrigados a diminuir o horário pelo fato de muitos passarem mal, com dor no estômago e até mesmo desmaios”, revela a coordenadora pedagógica Elaine Medeiros.

Em um colégio com 400 alunos, a cozinha está completamente vazia. Percebe-se que o fogão não é usado há muito tempo, nem as panelas. No depósito foi encontrado milho vencido.

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